O Atletismo tricolor

Dia 09 de outubro é comemorado o Dia do Atletismo, uma das principais e talvez a mais icônica modalidade olímpica. Para além da Tricolor Run, a relação entre o São Paulo e o atletismo vem de longa data. Prestes a completar 80 anos em 2023, o projeto do atletismo tricolor tem extrema importância para o esporte brasileiro. As glórias do clube nessa modalidade são extensas e definitivas na história e no símbolo são-paulino.

Um histórico de ouro

Criado em 1943, as primeiras conquistas vieram cedo para o clube. Logo nos primeiros 23 anos de existência, o São Paulo conquistou 20 títulos do Campeonato Paulista de Atletismo masculinos e 3 femininos. Também venceu 7 edições da Taça Brasil de Atletismo entre 1945 e 1951. Além dessas conquistas, os atletas são-paulinos conquistaram individualmente uma série de pódios importantes para o atletismo brasileiro. Nomes como José João da Silva, bicampeão da tradicional Corrida Internacional de São Silvestre (1980 e 1985), e a então medalhista de ouro olímpico Maurren Maggi, que defendeu as cores do tricolor paulista a partir de 2010 e representou o clube nas Olimpíadas de 2012, em Londres. Vale ainda destacar mais duas personagens: Wanda dos Santos, maior medalhista da história do SPFC e única mulher na delegação da Olimpíada de Roma-1960; e Melânia Luz, campeã sul-americana do revezamento 4×100 e a primeira mulher negra a participar de um Jogos Olímpicos, em Londres, 1948. No entanto, tem um atleta que representa como ninguém a história da relação entre o São Paulo e o atletismo, marcado eternamente no maior símbolo do clube: Adhemar Ferreira da Silva. 

As estrelas douradas de Adhemar

Nascido em 1927, na capital paulista, Adhemar Ferreira da Silva descobriu o atletismo são-paulino em 1946 e, no ano seguinte, encontrou-se em uma modalidade específica: o salto triplo. Enquanto boa parte dos iniciantes dificilmente chegam aos 11m, Adhemar cravou 12,8m logo em seu primeiro salto. Ainda em 1947, foi campeão estadual com um salto de 13,89m. Depois de conseguir o índice olímpico, sua primeira Olimpíada já foi a de 1948, porém não conseguiu saltar bem e não teve resultados expressivos. Para o ciclo olímpico seguinte, no entanto, a situação seria diferente e mudaria não só a sua história, mas a do clube como um todo. No ano de 1950, Adhemar igualou o recorde mundial do salto triplo do japonês Naoto Tajima, saltando 16,01m. No ano seguinte, superou a marca por um centímetro — apesar do índice ter demorado a ser homologado. A partir dessa conquista, o Conselho Deliberativo do São Paulo Futebol Clube elaborou uma emenda para homenagear quem conseguisse tamanho feito:
“Parágrafo 1o. Nas flâmulas e bandeira do Clube, quando seus atletas, de qualquer modalidade esportiva, individual ou coletivamente, conseguirem superar uma marca mundial, será incluída uma estrela de cor dourada, por título conseguido. Parágrafo 2o. A concretização do disposto no parágrafo anterior dar-se-á depois de homologado o resultado obtido, pela respectiva e competente entidade internacional, colocando-se solenemente a estrela na bandeira social e na flâmula, em reunião especialmente convocada pela Diretoria”.
Posteriormente, o estatuto adicionou a condição de que, em modalidades coletivas, caso haja atletas de outras instituições, essa inserção não será computada. Em 1952, já nos Jogos Olímpicos de Helsinque, Adhemar bateu mais uma vez o seu recorde — em 4 dos 7 saltos, ele fez acima de 16,01 —, alcançando os 16,22m. Na chegada ao Brasil, em sua homenagem, uma bandeira são-paulina foi entregue a ele, com uma estrela dourada acima do símbolo. No Pan-Americano de 1955, na Cidade do México, mais um recorde mundial foi alcançado pelo brasileiro: 16,56 metros saltados. Com essa marca, a segunda estrela dourada foi colocada no escudo tricolor. Um ano depois, enquanto defendia as cores do Vasco da Gama, Adhemar Ferreira ainda conquistou mais uma medalha de ouro, dessa vez na Olimpíada de Melbourne.

Projeto Kiatleta

Atualmente, o Kiatleta é o principal expoente do atletismo do São Paulo. Criado em 2001 por Antonio Carlos Fernandez e agregado pelo clube no ano seguinte, a intenção do projeto é a inclusão social de crianças e adolescentes de comunidades próximas ao Estádio do Morumbi por meio do esporte. Com treinamentos dentro do Morumbi, o Kiatleta busca tanto dar apoio para aqueles jovens que buscam a profissionalização no esporte, mas também oferecer a prática recreativa e educacional. E que tal continuar com a tradição do são-paulino com o Atletismo? Na Tricolor Run, você pode correr dentro do Morumbi ao lado de milhares de torcedores! Escolha sua distância e participe!
 
Tricolor Run 2023

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